Eu  fico pensando se não somos tão carentes ao ponto de não viver melhor  sem alguém. E  há tanto medo de não ser escolhido, e de ser escolhido e  ser trocado,  ou ainda de não ser escolhido totalmente, ou de escolher e  viver  achando que essa escolha é uma prisão. Mas  eu lembro de nós dois,  enquanto penso nisso tudo, do nosso pacto pelo  total aproveitamento  diário, essa liberdade quase imposta de saber-se  poder ir embora quando  não for mais tão essencial. Eu  lembro que se estamos juntos é porque,  todos os dias, ao acordar e nos  olharmos tão frágeis, tão fortes, tão  vulneráveis, tão entregues, nós  fazemos novamente a escolha de ontem, e  cumprimos o resto do dia  alimentando esse “estarmos juntos” com  intensidade e delicadeza. Eu  fico pensando nos nossos ajustes e na  vontade que temos de sabedoria em  meio a toda essa embriaguez da paixão.   E acho que se esse ainda não é o caminho certo, pelo menos, é o mais   bonito por enquanto.E o que me deixa mais inteira, a cada passo. E fico   pensando enquanto avanço: eu amo construir a mesma estrada com você...
Eu amo morar no teu abraço.
-Marla de Queiroz 

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