Em tudo que a  gente é, em tudo que a gente se tornou. Penso  em como fomos nos  construindo, construindo a cumplicidade, a  paciência, a confiança. Desde  o comecinho, daquele receio de falar o  que não deve, ou ser  interpretada como não deveria. Lembro de quando  passávamos horas e horas  e horas, sem querer desgrudar, sem querer  sair, sem querer desligar.  Sem cobrança, sem provocação, sem esses  motivos bobos que vão desfazendo  o laço que a gente faz, tendo que  amarrar de novo. Mas é que é isso que  acontece quando conhecemos alguém demais. Eu te conheço, mais do que a  mim mesma. Você me conhece. Eu quase sempre sei o que você anda  pensando, quase sempre.  Te provoco pra poder receber qualquer reação sua  em relação a mim,  qualquer reação que me faça sentir preocupação,  aperto ou amor. De  novo. Esse que renasce todos os dias, esse que eu  preciso ouvir todos  os dias, o que me faz continuar aqui. Chego à  conclusão do quão bonito  é, de como é bom te ter aqui, de como seria bom  te ter aqui. Me entrego  em cada detalhe, em cada palavra pra que você  perceba o que se passa  por aqui, pra que tenha cada vez mais certeza de  que eu te amo. Talvez  eu até tenha titubeado com a sua confiança em mim  por ter te deixado  uma vez, por ameaçar ir sem voltar. Mas você devia  saber que eu não  consigo sem você, que eu sempre volto. Eu não vou te  deixar, não posso.  Seria como deixar a mim mesma, desistir da vida, já  que você é a minha  agora. É como se houvesse um elo de ligação,  inquebrável, desses que não há tempo ou distância que quebre. Essa   reciprocidade que nos faz fortes. Isso que algumas pessoas passam a  vida  inteira esperando e não encontram. A gente encontrou. Eu encontrei   você. Encontrei isso em você. E não há nada que me faça desistir do  que  eu chamo de felicidade. Não desiste de mim. Eu daria minha vida por  você

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